O excesso da partícula LDL-colesterol, conhecida popularmente como “colesterol ruim”, e o tipo de gordura ingerida são os principais fatores que tornam o colesterol um problema. O índice de colesterol pode estar relacionado ao estilo de vida, como má alimentação, tabagismo, sedentarismo e obesidade, mas também pode ser influenciado por questões genéticas, conhecidas como hipercolesterolemia familiar (HF).
Em uma entrevista no quadro Correspondente Médico da CNN Rádio, o médico cardiologista Marcelo Cantarelli, especialista em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, explicou os riscos associados ao colesterol elevado.
O Dr. Cantarelli ressaltou que “é extremamente importante lembrar que o colesterol alto não apresenta sintomas”. Ele enfatiza que um simples exame de sangue é suficiente para identificar o problema. Recomendou também um check-up anual, a menos que haja alguma alteração, nesse caso, a frequência dos exames deve ser aumentada.
O cardiologista enfatizou a importância de manter níveis adequados de colesterol para evitar surpresas no futuro, como o entupimento das artérias que pode levar a infarto e derrame, ou alterações renais. Ele mencionou que diabetes, obesidade e vida sedentária são fatores que contribuem para o aparecimento de problemas cardíacos, destacando a necessidade de consultar um médico anualmente para monitorar a pressão arterial, os níveis de colesterol e glicose.
Embora o colesterol seja necessário para o organismo, já que desempenha papéis importantes na construção das paredes celulares, produção de hormônios sexuais e suco biliar, o médico alertou que o excesso é prejudicial. Cerca de 70% do colesterol é produzido pelo fígado, e os outros 30% vêm da alimentação, portanto, é essencial evitar níveis acima de 200 no exame de sangue para manter uma boa saúde cardiovascular.
